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A CDU promoveu uma iniciativa política na manhã deste domingo na zona do Toco, junto à Barreirinha, na qual o Coordenador Regional, Edgar Silva, defendeu ser «prioritário criar uma zona de reserva marinha no Funchal, para que, tal como aconteceu com a Reserva do Garajau, seja possível garantir a defesa do oceano e travar a ocupação desastrosa e desastrada do litoral».

 

De acordo com Edgar Silva, «no Funchal, estamos a ficar sem natureza, a degradar o oceano, e não estamos a conseguir inverter a tendência de degradação do mar e da orla costeira. Desde o centro do Funchal, até à Praia Formosa, a turistificação da orla costeira está a desfigurar o território e a destruir a paisagem».

 

Dando o exemplo do que foram benefícios decorrentes da criação da Reserva Marinha do Garajau, disse Edgar Silva: «Está demonstrado que as reservas marinhas se revelaram como essenciais para proteger as áreas oceânicas e o litoral de atividades humanas destrutivas».

 

Afirmou ainda Edgar Silva que «entre o Lazareto e o Toco, como entre a Pontinha e a Praia Formosa, no Funchal, são cada vez maiores as ameaças para a qualidade do mar e agravam-se os riscos para o litoral». Para contrariar essas dinâmicas negativas «defendemos que criar reservas marinhas no Funchal são uma ferramenta essencial para proteger o mar e para impedir a ocupação desastrada da orla costeira, são uma ferramenta decisiva para travar a turistificação predadora dos recursos do litoral».

 

A este propósito, Edgar Silva lembrou que «a criação da Reserva Natural Parcial do Garajau permitiu prevenir, eliminar e reduzir impactes negativos numa zona que está classificada como Reserva Natural Parcial pelo Decreto Legislativo Regional n.º 23/86/M, de 21 de Agosto. A implementação da reserva marinha introduziu benefícios evidentes na conservação da natureza, na valorização do património natural, na implementação de actividades económicas sustentáveis, no desenvolvimento de acções de investigação, actividades de educação ambiental e de recreio e lazer. Também no Funchal centro e oeste é possível defender os sistemas ecológicos, e proteger os habitats e a biodiversidade das pressões relacionadas com o uso humano».

 

Para a CDU, «importa assumir o compromisso político de classificar a área marinha do Funchal centro e oeste até 2030, em linha com as metas que estão a ser discutidas internacionalmente no âmbito da Convenção para a Diversidade Biológica».