A candidatura da CDU realizou, no Funchal, hoje, iniciativas da campanha eleitoral focadas nos agravamentos do custo de vida e suas implicações sociais para as populações.
De acordo com Sílvia Vasconcelos, «uma das principais linhas de preocupação da CDU, e que é também uma medida prioritária nesta campanha às eleições legislativas da Assembleia da República, é o elevado Custo de Vida dos portugueses. Esta, é também a maior preocupação da população que assiste a um aumento dos preços que não tem correspondência nem com o aumento do seu salário nem com a inflação».
A candidata da CDU nesta eleição para a Assembleia da República, ao apontar exemplos bem concretos sobre os agravamentos do custo de vida, disse que «só no último ano o cabaz alimentar aumentou 8 euros: 1 garrafa de azeite, por exemplo, custa quase mais 5 euros do que em 2023! Entre 1 de março de 3023 e 28 de fevereiro de 2024 o azeite aumentou 67%! Os cereais, 19%; o atum em posta 21%; o arroz 4%; a laranja 20%., a pescada 40%, o pão de forma, 14%, o açúcar, 50%, alimentação para bebé, 18% para exemplos, e todos em valores acima da média da zona euro. A 1 de março de 2023, era possível comprar um cesto no supermercado com 63 bens essenciais por 230,38 euros, mas passado um ano, para comprar exatamente os mesmos alimentos, os consumidores gastam 238,13 euros (mais 3,37%)».
Segundo Sílvia Vasconcelos, existem bens onde se tem feito ressentir um forte impacto negativo: «O bem essencial em que os portugueses se têm mais ressentido é no preço das casas: As rendas para a habitação pagas em Portugal ficaram mais caras do que na generalidade da zona euro, e registaram uma subida de 4,7%, em média.
Os serviços de saúde subiram cerca de 5%, também mais do que em muitos outros países europeus onde alguns serviços até desceram, como exames de RX, por exemplo, ou o valor dos produtos farmacêuticos que em Portugal aumentou 6,1%, com uma subida superior à média das outras demais economias europeias que foi de apenas 2,5%.
Também a cultura, no nosso país aumentou cerca de 9,8%, enquanto na zona euro esse aumento foi de 5,2%. E em Portugal pagamos em média cerca de 45 euros de telecomunicações, um dos valores mais altos da UE».
A candidata da CDU afirmou que «este aumento de custo de vida, tem conduzido ao empobrecimento de muitas famílias, aquelas que vivem à custa do seu trabalho, levando tanta gente senão logo à pobreza para um elevado risco de pobreza. Há muita pobreza escondida no nosso país e na nossa região, "onde os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres"».
Como adiantou Sílvia Vasconcelos, «a CDU quer respostas imediatas e a longo prazo para acudir a quem tem dificuldades, pessoas que mesmo trabalhando empobrecem (21% das pessoas que trabalham estão em risco de pobreza!) e isto para não falar dos pensionistas, desempregados ou pessoas com invalidez».
Sílvia Vasconcelos apresentou «as seguintes medidas e propostas concretas da CDU para combater o aumento do custo de vida:
-Travar os preços dos bens essenciais (habitação, alimentação, energia, telecomunicações), regulando os preços e criando um teto limite de preços;
-A energia deve ser considerada um bem essencial e voltar à esfera pública e não detida por privados;
- Direito ao trabalho e trabalho com direitos, aumento dos salários e combate à precariedade laboral;
- Teto nos preços de arrendamento e aquisição de casas; - Reverter a "lei-Cristas", que tem levado a despejos de idosos (e não só) das casas em residiam há décadas, sem ter alternativas de habitação; - Incentivar o aumento da habitação pública; combater a especulação imobiliária; reverter a subida das taxas de juro (60% dos preços das rendas são juros, e isto num banco público, como a CGD!). Todas estas medidas são possíveis. E são urgentes. E são compromissos da CDU a defender na Assembleia da República».