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Categoria: Geral

A CDU realizou no centro do Funchal uma iniciativa que contou com uma participação massiva de cidadãos, para reivindicar e defender o direito à Habitação.

asRicardo Lume, porta-voz da iniciativa, afirmou que «o acesso à habitação constitui hoje uma das maiores preocupações dos madeirenses e porto-santenses.

Quem procura casa não a encontra porque os preços são absolutamente proibitivos. Quem tem casa e paga renda (ou prestação ao banco) enfrenta custos que não param de aumentar, e vive em constante sobressalto de poder vir a ficar sem casa. Esta é a realidade de milhares e milhares de famílias. Vivemos numa Região onde comprar casa só está ao alcance de estrangeiros endinheirados.»

O Deputado da CDU denuncia que o «Governo Regional PSD/CDS, para além de ser cúmplice dos que ganham com a especulação, com os vistos GOLD e com um Alojamento Local sem regras, não dá qualquer tipo de resposta ao agravamento da realidade habitacional na Região.

É cada vez mais recorrente ver famílias a viver em viaturas, famílias que mesmo tendo rendimento do factor trabalho não conseguem dar resposta às suas necessidades habitacionais.

O Governo Regional e as Autarquias nada fazem para além de propagandear programas iníquos que não dão qualquer resposta à actual realidade habitacional.

Existem atualmente mais de 5 mil famílias inscritas no IHM com carências habitacionais que precisam de apoio, mas que estão abandonadas à sua sorte, enquanto o Governo Regional promove a especulação imobiliária».

O porta-voz da iniciativa da CDU afirmou que «é possível mudar de política e garantir que as casas são para as pessoas viverem e não para investidores especularem.

A CDU defenda a implementação de 10 medidas imediatas para garantir e proteger o direito à Habitação que passo a referir:

1.                  Fixação do limite máximo do valor da renda nos contratos de arrendamento que venham a ser celebrados;

2.                   Proibição de despejo quando se comprove a inexistência de rendimentos suficientes para assegurar a subsistência do inquilino ou do seu agregado familiar;

3.                   Proibição de denúncia do contrato quando se comprove a inexistência de rendimentos suficientes para assegurar a subsistência do inquilino ou do seu agregado familiar;

4.                   Assunção pelo Estado da sua responsabilidade enquanto promotor público de habitação, com o objetivo de alargar a oferta e disponibilização de habitação pública para suprir as carências identificadas;

5.                   Identificação, reabilitação e disponibilização de imóveis da Região que possam ser destinados à habitação, proibindo a alienação de património público com características que permitam a sua utilização para fins habitacionais;

6.                   Limitação da mobilização de habitações para uso de Alojamento Local; em áreas de carência habitacional;

7.                   Travar a subida das prestações do crédito para habitação para as famílias;

8.                   Fixar o limite máximo da prestação do crédito para habitação em 30% do rendimento do agregado familiar (taxa de esforço);

9.                   Criação de uma moratória por um máximo de 2 anos, suspendendo amortização do capital e pagamento de juros apenas a uma taxa igual àquela a que os bancos se financiam;

10.               Criação de um crédito habitação com juros bonificados para jovens até os 35 anos de idade.»

Ricardo Lume concluiu a sua intervenção afirmando que «estas são soluções que as pessoas precisam e a CDU vai continuar a intervir pela sua implementação.»